quinta-feira, 7 de maio de 2009

Comparação entre a Web 1.0 e a Web 2.0

A Web 2.0 produziu uma grande revolução no meio digital, pois simplificou a leitura, a produção e o compartilhamento de conteúdos nos mais diversos formatos. Tais recursos vão rapidamente angariando adesão dos usuários, que organizam, classificam e hierarquizam a informação e o conhecimento explícito de maneira coletiva.
Nesse sentido, aponta-se que as aplicações 2.0 possuem sete princípios de construção:
- A web transforma-se em plataforma de trabalho.
- A web estimula o desenvolvimento de uma inteligência coletiva, com a geração conjunta de conteúdos.
- A web propicia experiências enriquecedoras, com a possibilidade de intercriação e participação ativa dos usuários.
- A web cria valor ao conteúdo que gera.
- A web oferece modelos de programação rápida, porque a arquitetura da informação segue uma estrutura simplificada.
- Na web, o software não fica limitado a um dispositivo e o computador perde o status de única possibilidade de acesso aos dados.
- A web decreta o fim do ciclo de atualizações de software, disponibilizando versões experimentais online.
A real importância da Web 2.0 não está nas suas características conceituais e técnicas, mas sim em seus projetos. Trata-se da evolução constante dos meios, não de um marco estático. É o que caracteriza, juntamente com a infra-estrutura material, o universo de informações abrigadas pela web. Não é a centralidade de conhecimentos e informação que caracteriza a atual revolução tecnológica, mas a sua aplicação para a geração de conhecimentos em um ciclo de realimentação cumulativo entre inovação e uso.
A nova universalidade se constrói e se estende por meio da interconexão das mensagens entre si, sua vinculação a outras comunidades virtuais e sentidos variados que a renovam permanentemente. A Web 2.0 não decreta o fim da Internet estática, mas a emergência de uma nova prática, que provoca a convivência dos dois tipos de aplicações. Os novos dispositivos informacionais (mundos virtuais, informações em fluxo) e comunicacionais (comunicação todos-todos) são os maiores portadores de mutações culturais, estreitando os laços sociais entre as pessoas.
Assim, os meios de comunicação e a sociedade vão se desenvolvendo juntos e o termo “rede” já é usado tanto na perspectiva social quanto eletrônica. Os meios de comunicação exibem cada vez mais características próprias dos seres humanos, ajudando a construir comunidades de interesses comuns e individuais; impactando o ambiente social.
As redes sociais virtuais são redes de intercâmbio social desenvolvidas na Internet. Com o advento da Web 2.0, que ofereceu mais velocidade e facilidade de navegação, elas se popularizaram e hoje ocupam parte significativa do tempo e da atenção dos usuários na utilização da web. As redes sociais virtuais funcionam através da interação, buscando conectar pessoas e proporcionar sua comunicação.
As ferramentas para o desenvolvimento de redes sociais na Internet, majoritariamente gratuitas e de fácil uso, oferecem um espaço virtual para escrever e compartilhar conteúdos multimídia com pessoas de interesses similares, o que contribui para estreitar suas relações.

Para saber mais, consulte:

- CASTELLS, M. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, 1999.

- DAMBRÓS, J.; REIS, C. A marca nas redes sociais virtuais: Uma proposta de gestão colaborativa. Disponível em: <http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2008/resumos/R3-0519-1.pdf>.

- LÉVY, P. Cibercultura. São Paulo: Ed. 34, 1999.

- O’REILLY, T. What Is Web 2.0? Design Patterns and Business Models for the Next Generation of Software. Disponível em: <http://www.oreillynet.com/pub/a/oreilly/tim/news/2005/09/30/what-is-Web-20.html> .

- RECUERO, R. C. Redes sociais na Internet. Disponível em: <http://www.bocc.ubi.pt/pag/recuero-raquel-redes-sociais-na-internet.pdf>.

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